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Fintechs: há dinheiro, mas burocracia impede microempresa de receber

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Fintechs: há dinheiro, mas burocracia impede microempresa de receber

Apesar de as medidas apresentadas pelo governo para ajudar PMEs na crise do coronavírus serem positivas, o excesso de regras para aprovação dos empréstimos estão travando a liberação de recursos, dizem instituições financeiras digitais. Segundo elas, a solução foi tão lenta que as empresas entraram no vermelho e já não conseguem crédito porque estão com o “nome sujo”.

“Os programas são bons, mas estão andando devagar demais. Faz dois meses que anunciaram recursos públicos para crédito”, afirma o presidente da ABCD (Associação Brasileira do Crédito Digital), Rafael Pereira, que representa bancos digitais e fintechs de crédito.

Atraso suja nome das empresas, e isso vira um círculo vicioso

O atraso na aprovação das medidas pelo governo cria um problema, diz o setor financeiro. Com a demora na liberação de recursos por parte do governo, mais empresas ficaram em atraso com pagamentos. Elas ficam com o “nome sujo” e não conseguem crédito por isso. Como as instituições financeiras precisam fazer análise de crédito antes de liberar os recursos, os empresários com restrição não estão conseguindo passar nem pela primeira análise. Segundo a Serasa Experian, há mais de 5,3 milhões de empresas com apontamento restritivo.

Quem vai pagar o custo da operação?

Rafael Pereira também diz que há “muita interferência nas condições de financiamento”. “Qual empresa vai emprestar a 4,25%? Como pagar o custo operacional, que é de quem concede crédito? E se não receber? Vai executar o fundo garantidor? Isso tudo tem custo e risco”, diz o presidente da ABCD. Para ele, as instituições financeiras estariam mais ativas nessa operação se o mercado pudesse definir as taxas para recuperar ao menos o custo da operação. “A concorrência iria funcionar. Mas parece que o modelo foi criado pelo governo para só os bancos públicos fazerem essas linhas”.

“Além da capilaridade, de poder chegar a mais microempreendedores, as fintechs também são mais ágeis para aprovar e conceder crédito”, afirma o diretor executivo da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), Diego Perez

Ampliar leque para fintechs

Representantes de fintechs dizem ainda que nem todas empresas financeiras digitais estão autorizadas pelo Banco Central a operar na distribuição de crédito com recursos públicos. Apenas podem atuar as fintechs constituídas como SEPs (Sociedade de Empréstimo Entre Pessoas) e as SDCs (Sociedade de Crédito Direto).

Apesar dos empecilhos, os representantes do setor dizem que as fintechs estão prontas para ampliar a oferta de crédito e levar mais recursos públicos a micro e pequenos empresários. Elas já atuam como repassadoras do auxílio emergencial e de programas de outros recursos públicos aos mais necessitados.

O PagSeguro PagBank, por exemplo, foi escolhido pelo governo de Minas Gerais para ser a conta digital de distribuição do auxílio ‘bolsa-merenda’.

A Dotz, plataforma de relacionamento e fidelidade, lançou a segunda geração de negócios da companhia, a Dotz Nova Geração, com conta digital para que empreendedores em todo o país possam movimentar recursos, pagar e receber contas, além de trocar pontos de fidelidade por dinheiro.

Com quase 40 milhões de usuários, a Dotz colocou sua plataforma de negócios para que empreendedores também possam fazer vendas online.

Na Nexoos, fintech que oferta crédito, ligando, de um lado investidores com recursos para emprestar, e de outro, empresários que precisam tomar empréstimos, lançou uma plataforma para que as empresas que não têm acesso a crédito, nem operação digital ou suporte para pagamento online, possam anunciar e vender produtos e serviços na internet. “Queremos disponibilizar a estrutura que temos para ajudar o pequeno empreendedor a sobreviver a esta crise”, disse Diego Gomes, CEO da Nexoos.

Fonte UOL